terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Festas Felizes!!!




A Oncovet deseja a todos os seus amigos e clientes um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!!!!

domingo, 30 de outubro de 2011

Esterilização: sim ou não?

Muitas são as questões associadas ao tema da esterilização. A discussão durante as consultas sobre a esterilização acaba por levantar questões engraçadas: É de realçar a solidariedade entre machos, normalmente os donos do sexo masculino, considerando uma crueldade esterilizar o seu cão, enquanto as senhoras são renitentes ao sofrimento que a sua cadela poderá sentir com o procedimento. Mais uma razão para que esteja bem informado de forma a poder colocar as perguntas certas ao médico veterinário e tomar uma decisão consciente.

cao-vs-gatoO médico veterinário Joaquim Henriques dá uma ajuda e tira algumas dúvidas.

Qual o comportamento dos canídeos antes da esterilização?

Os machos estão sobre a forte influência da hormona testosterona, sobretudo durante a adolescência, altura em que os valores desta hormona podem ser bastante mais elevados do que durante a vida adulta. Assim, é natural observarem-se comportamentos como a marcação do território com urina ou a agressão/intolerância social e fuga, associados a esta "hiperestimulação hormonal”. Os machos não castrados, têm mais dificuldade em se concentrarem e, consequentemente, em conseguirem ser treinados e educados.

Nas fêmeas, o cio pode alterar o estado de disposição e manifestar-se, repentinamente, sob a forma de agressividade durante ou após a gravidez. A fuga e a emissão de gemidos e agitação nocturna constituem, também, exemplos de alteração comportamental associada ao período do cio. As fêmeas podem, ainda, começar a urinar pela casa para atrair os machos.

O que é a esterilização/castração?

É a remoção cirúrgica dos órgãos com funções reprodutoras. Nas fêmeas, procede-se à retirada do útero e dos ovários, deixando o animal de ter cio. Nos machos, retiram-se os testículos. Portugal obriga à esterilização dos cães considerados de raças potencialmente perigosas.

Todas raças de cães podem ser esterilizadas?

Sim.

Por que deve esterilizar o seu cão?

As grandes vantagens prendem-se com o controlo das populações errantes de cães, evitando o abandono, a diminuição de comportamentos agressivos, a prevenção de determinadas doenças (hipertrofia benigna da próstata, quistos prostáticos ou cancro) e a diminuição da disseminação de doenças infecto-contagiosas.

Qual a idade ideal para o fazer?

É discutível, mas os últimos estudos demonstram ser seguro realizar entre os 5 e 7 meses de idade, de preferência sempre antes do 1º cio no caso das cadelas.

Após a esterilização, o que esperar do seu cão?

As brincadeiras, a amizade e a socialização com seres humanos não são alteradas. O que se alterará são apenas os comportamentos indesejados: agressividade, marcação urinária e o impulso sexual.

Nas cadelas, devemos esperar o mesmo?

A esterilização nas fêmeas traz grandes benefícios. O principal está associado à diminuição do risco de desenvolver cancro de mama. A esterilização antes do 1º cio reduz para quase zero o risco de desenvolver tumores mamários, bem como a "gravidez histérica". Outra vantagem prende-se com o controlo da diabetes, pois a esterilização previne o descontrolo provocado pelas alterações hormonais dos cios. O risco de desenvolverem infecções no útero que levam a cirurgias de urgência e a risco de morte por septicemia ficam, igualmente, reduzidos.

A pilula não poderá ser uma alternativa à esterilização?

A pílula é uma das principais causas de cancro de mama e infecções uterinas. Nos casos de neoplasia mamária é recomendado, para além da remoção do tumor, a realização de ovariectomia, para diminuir risco de recidiva. A pílula pode ainda estar associada ao desenvolvimento de outras doenças como diabetes, quistos na glândula mamária, ovários e útero.

A cirurgia da esterilização é dolorosa?

Nos tempos que correm as vantagens da castração ultrapassam, largamente, as desvantagens. Relativamente aos receios da anestesia, cirurgia e recuperação pós cirúrgica, há a ter em conta que a Medicina Veterinária evoluiu muito nas últimas décadas. As anestesias são muito seguras, fazendo uso das mesmas técnicas que se usam em medicina humana, o maneio da dor é excelente e existe, também, a possibilidade da cirurgia laparoscópica, em cadelas e gatas, permitindo a alta do animal no próprio dia.

Os animais esterilizados ficam mais “moles”?

Não é verdade que os animais castrados ficam mais “moles” e inactivos e com tendência para engordar. Tudo depende do estilo de vida. Um animal esterilizado fica com mais apetite devendo, por isso, ter uma alimentação industrial adequada, assim como ser estimulado a desenvolver exercício físico diário, seja cão ou gato.

Os cães aumentam de peso depois da esterilização?

Eles só aumentarão de peso se comerem demais e inadequadamente. Este é o momento em que deverá ter especial atenção à sua alimentação. Existe no mercado alimento industrial indicado para animais esterilizados, menos calóricos, e que respeitam as necessidades energéticas do seu animal.

A actividade física continua a ser importante?

Sempre! Mantê-lo activo vai ajudá-lo a controlar o peso, evitando que engorde. Por outro lado, as brincadeiras a que o submeterá é uma forma simples e eficaz de estreitar a relação que tem com ele

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nutrição do paciente oncológico


A nutrição desempenha um papel fundamental na prevenção e tratamento do paciente oncológico, seja ele Humano ou Veterinário.
É sabido que determinado tipo de alimentação, está associado a um risco aumentado de desenvolver neoplasias malignas. Por exemplo, as pessoas que ingerem carnes vermelhas têm risco aumentado de desenvolver cancro do cólon. Nos animais, talvez o hipertireoidismo felino esteja associado ao consumo de alimento enlatado. Mas nem tudo são más notícias. Os alimentos são uma grande ajuda na terapêutica oncológica. Foi do conhecimento geral a notícia do prémio de investigação atribuído a uma nutricionista portuguesa sobre a associação entre uma correcta alimentação e a recuperação dos pacientes a receber tratamento para cancro. Na veterinária, os estudos não são tão vastos como no campo humano. Contudo, já existem dados que suscitam interesse na classe veterinária e com resultados interessantes.
Para o animal se alimentar correctamente é preciso primeiro garantir que este tem vontade de comer. Esta vontade de comer, não passa necessariamente por ter fome. Trata-se sim de o animal se alimentar voluntariamente para se sentir saciado, bem nutrido e hidratado!
A náusea e o vómito são sintomas frequentemente presentes no paciente oncológico, seja na fase pré-tratamento, como no caso de uma neoplasia gastrointestinal, seja depois associado aos fármacos citotóxicos que se utilizam para tratar o cancro.
O médico veterinário tem que apostar numa política de prevenção da emese, para que o animal com fome, consiga comer! É preferível o uso de uma anti-emese apropriada do que usar estimulantes do apetite em animais emetizados ! Outro sintoma importante a descartar é a presença de aversão alimentar que se desenvolve no doente após experiência traumática com a comida (ex. alimentos líquidos forçados ou que lembram período de stress).
A avaliação nutricional do paciente, desde a primeira consulta até ao final dos tratamentos, deve fazer parte, tal como a avaliação do hemograma, do esquema e planos terapêuticos. A caquexia é um factor de prognóstico negativo em oncologia.
A célula tumoral utiliza como fonte de energia preferencial, os carbohidratos solúveis, como a glicose. As citocinas TNFα, IL-6 e IL-1 estão associadas à promoção de alterações do metabolismo basal, caracterizado pela promoção de catabolismo proteico, lipólise e promoção metabolismo anaeróbio. Por sua vez, há formação de mediadores inflamatórios potentes e radicais livres endógenos ou derivados da toxicidade farmacológica que contribuem para o desenvolvimento da caquexia tumoral.
Não existe um alimento ou dieta específicos per se, para o cão ou gato com cancro. Existem alimentos comerciais que demonstraram vantagens clínicas quando utilizados em doentes com tumores particulares, como no caso do linfoma em cães. Contudo, face ao conhecimento que temos uma alimentação considerada adequada deve ser rica em proteína de boa qualidade, carbohidratos de absorção lenta, ácidos gordos ómega 3 e fibra. Pode, ainda, considerar-se de utilidade suplementar a alimentação com arginina, glutamina e anti-oxidantes, estes últimos ainda controversos. Existem no mercado alimentos comerciais muito completos, que incluem na sua formulação estes micronutrientes de forma adequada. A presença de doenças concomitantes ou alterações fisiológicas/metabólicas devidas ao próprio tumor ou terapêutica devem, também, ser consideradas no plano terapêutico alimentar. Por exemplo, o Psyllium, fonte de fibra e absorvente de água, presente em alguns alimentos, pode ajudar a moldar as fezes num paciente com dejecções diarreicas.
Em suma, não se pode dizer que existe uma dieta para os pacientes com cancro, mas sim que cada paciente com cancro deve ter uma abordagem nutricional que contemple tanto as considerações metabólicas gerais, como as particularidades de cada doente.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Vacina para Melanoma Oral


O Melanoma é o tumor oral mais comum no cão. Apresenta frequente um comportamento clínico agressivo, com elevada capacidade de invasão local e metastática. Devido à localização intra-oral, a maioria dos cães são diagnosticados em estadios avançados segundo a classificação OMS (>II ou III). O tempo de sobrevivência médio para cães com melanoma oral tratados com cirurgia e quimio/radioterapia é cerca de 3 meses com estadio III e 6 meses com estadio II da doença.

ONCEPT® é uma vacina terapêutica, desenvolvida pela Merial USA indicada para cães com melanoma oral em estadio II ou III. Estudos de eficácia clínica demonstraram que a vacina aumenta a esperança média de vida de 180 para 389 dias.

A tecnologia da vacina ONCEPT® utiliza um plasmídeo com DNA xenogéico (Humano) que codifica a expressão de uma proteína: tirosinase, comum aos melanócitos e fundamental na síntese de melanina. A administração trans-dérmica usando o sistema VetJet® permite inocular nas células musculares do paciente este plasmídeo. Os miócitos transfectados vão produzir tirosinase e o sistema imunitário reconhece a proteína como xenogéica levando à activação de respostas humoral e celulares contra as células tumorais.

Esta tecnologia já está disponivel em Portugal e pode salvar a vida do seu animal!

Contacte-nos para mais informações!